Equipamentos usado no Laboratório

Aqui seguem uma relação de equipamentos que os químicos utilizam no dia a dia em seu laboratório, esperamos que possam aproveitar bastante.


Balão Volumétrico

O balão volumétrico ou balão graduado é um frasco utilizado para preparação e diluição de soluções com volumes precisos e pré-fixados. Possui um traço de aferição no gargalo. Este tipo de vidraria é usado na preparação de soluções que precisam de ter concentrações definidas (concentração expressa em uma grandeza por unidade de volume). Os balões volumétricos pode ter volumes entre 5 mL e 10 L. Existem balões volumétricos feitos em vidro borossilicato e em polipropileno. Os balões volumétricos em polipropileno são bastante utilizados nos E.U.A e em alguns países europeus.


Erlenmeyer

O Balão de Erlenmeyer (em alemão: Erlenmeyerkolben) é um frasco em balão, usado como recipiente no laboratório, inventado pelo químico alemão Emil Erlenmeyer.

Feito de material de vidro, plástico, policarbonato transparente ou polipropileno transparente, é ideal para armazenar e misturar produtos e soluções, cultivo de organismos e tecidos e predominantemente usado em titulações.

Sua parede em forma de cone invertido evita que o líquido em seu interior espirre para fora.

Apresenta variações de tamanhos de bocas, tampas de vidro esmerilhado e plástico e inclusive estrias em suas paredes para melhor homogenização de soluções.


Kitasato

O balão Kitassato, balão Kitasato ou mais simplesmente Kitassato ou Kitasato é um tipo de vidraria de laboratório. É normalmente usado junto com o funil de Büchner em filtrações (sob sucção) a vácuo. É constituído de um vidro espesso e um orifício lateral. Uma das utilizações do kitasato seria para verificar a presença de umidade em gases. O gás a ser filtrado é injetado dentro da câmara do Kitassato através de uma mangueira de teflon (a passagem superior deve ser fechada com uma rolha) e uma segunda mangueira é colocada na saída lateral do recipiente. Esta peça deve o seu nome a Shibasaburo Kitasato, bacteriologista japonês (1852-1931).

 


Béquer

 

Becker ou béquer (copo ou gobelé em Portugal) é um tipo de recipiente utilizado nos laboratórios de química. Há dois tipos de Becker, o Copo de Griffin ou Becker Forma Baixa e Copo de Berzelius ou Becker Forma Alta.

De modo muito grosseiro efetua-se medidas com o copo de Becker, pois a sua medida é muito imprecisa (normalmente com precisão variante em 5% do marcado). Os béckers são frascos T.C. (to contain) como o tubo de ensaio ou os erlenmeyers. Suas principais diferenças são:

  1. Aresentar uma escala para medição aproximada;
  2. Possuir base plana para uso autônomo;
  3. Conter bico para transferência;
  4. Ser provido de boca larga.

Seu uso é recomendado para experimentos em que esteja presente pelo menos um sólido. Feito de vidro pyrex refratário ou de polímeros como o polietileno ou o polipropileno, o bécker pode ser utilizado em uma ampla faixa de temperatura. Suas capacidades volumétricas mais comuns são 80, 125, 250 e 400 mL, mas indo até 4 L ou mais entre os feitos de vidro e 20 L entre os de polímeros.


Condensador

 

Um condensador tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos em processos de destilação simples.

Ele é dividido em duas partes: Uma onde passa o vapor que se tem interesse em condensar e outra onde passa um líquido (normalmente água) resfriado para abaixar a temperatura interna do condensador.

Um vapor aquecido entra no condensador e encontra uma superfície com uma temperatura inferior ao seu ponto de ebulição, e então condensa (ou liqüefaz).

Existem basicamente dois métodos de funcionamento. Os condensadores de Friedrich e Allihn são exemplos, respectivamente:

No Condensador Friedrich geralmente um Balão de destilação é acoplado em cada bocal. O vapor gerado no primeiro balão circula na câmara maior e a água resfriada circula na serpentina. Ao entrar em contato com a superfície resfriada da serpentina, o vapor condensa e escorre pelas paredes internas, sendo coletado no segundo balão.

 

No Condensador Allihn a água, responsável pelo arrefecimento do sistema, circula externamente e o vapor internamente nas "bolhas", escorrendo e sendo recolhido na parte inferior. Nesse tipo de condensador a água deve ser injetada na parte inferior e recolhida na superior para que a câmara mantenha-se sempre cheia de líquido e torne o equipamento mais eficiente.

 


Funil Separador

 

O funil separador é uma peça de vidraria de laboratório usada para separar líquidos imiscíveis de densidades diferentes.

Geralmente, um dos líquidos será a água e o outro, um solvente orgânico como o éter ou o clorofórmio. O funil, que possui uma forma de cone sobreposto por um semi-esfera, tem um registro na parte de baixo e um bocal na parte de cima.

Para usá-lo, os dois líquidos em uma mistura são vertidos dentro do funil através do bocal, com o registro fechado. O funil é então tampado, agitado, invertido e o registro é aberto cuidadosamente, para liberar a pressão em excesso, e deixado em descanso. Depois, o registro é aberto de forma a deixar que o líquido mais denso escoe para um outro recipiente. O usuário deve ser cuidadoso de forma a fechar o registro exatamente quando todo o líquido mais denso tenha sido evacuado do funil. Isso exige uma certa habilidade. O líquido remanescente pode assim ser transferido a um outro recipiente ou a qualquer lugar onde seja necessário.


Bico de Bunsen

O bico de Bunsen é um dispositivo usado em química para efectuar aquecimento de soluções em laboratório.Este queimador, muito usado no laboratório, é formado por um tubo com orificios laterais, na base, por onde entra o ar, o qual se vai misturar com o gás que entra atraves do tubo de borracha. O bico de Bunsen foi aperfeiçoado por Robert Wilhelm Bunsen, a partir de um dispositivo desenhado por Michael Faraday. Em biologia, especialmente em microbiologia e biologia molecular, é usado para manutenção de condições estéreis aquando da manipulação de microorganismos, DNA, etc.

O bico de Bunsen queima em segurança um fluxo contínuo de gás sem haver o risco da chama se propagar pelo tubo até o depósito de gás que o alimenta. Normalmente o bico de Bunsen queima gás natural, ou alternativamente um GPL, tal como propano ou butano, ou uma mistura de ambos. (O gás natural é basicamente metano com uma reduzida quantidade de propano e butano).

Diz-se que a área estéril do bico de bunsen seja de 30 cm. Quando a janela do Bico de Bunsen está fechada,sua chama é igual à de uma vela,pois apenas queima o oxigênio que esta em volta e sua chama fica mais fraca.

Quando se usa o bico de Bunsen, deve-se primeiramente fechar a entrada de ar; em seguida, um fósforo deve ser aceso perto do ponto mais alto da câmara de mistura, daí, a válvula de gás pode ser aberta, dando origem a uma chama grande e amarela que desprende fuligem. Esta chama não tem uma temperatura suficiente para o aquecimento de substância alguma, para conseguir uma chama mais "quente", a entrada de ar deve ser aberta até que se consiga uma chama azul; isto ocorre porque o oxigênio mistura-se com o gás, tornando a queima deste mais eficiente.


Bureta

A bureta é um instrumento laboratorial cilíndrico, de vidro, colocado na vertical com a ajuda de um suporte, contendo uma escala graduada rigorosa. Possui na extremidade inferior uma torneira de precisão para dispensa de volumes rigorosamente conhecidos em tarefas como a titulação de soluções.


Pipeta

 

Uma pipeta é um instrumento de medição e transferência rigorosa de volumes líquidos.

Há dois tipos clássicos de pipetas:

  • pipetas graduadas: possuem uma escala para medir volumes variáveis;
  • pipetas volumétricas: possuem apenas um traço final, para indicar o volume fixo e final indicado por ela, sendo estas mais rigorosas que as graduadas.

Para utilizar uma destas pipetas é também necessária uma pró-pipeta ou pompete, um pipet-aid ou um macro-filler. Estes podem ser colocados na ponta superior da pipeta, produzindo um abaixamento da pressão de seu interior e provocando a aspiração do líquido de tal forma a preencher a pipeta no volume desejado.

Um outro tipo de pipetas, usado especialmente em laboratórios de análises clínicas que engloba laboratórios de biologia, bioquímica ou quando há a necessidade de se transferir volumes muito reduzidos, é a micropipeta (imagem à direita). Esta permite medir pequenos volumes, da ordem de microlitros, porém, com precisão e exactidão geralmente inferiores às obtidas pelas pipetas graduadas e volumétricas de maior volume. Este tipo de pipeta utiliza pontas (no Brasil são chamadas ponteiras) descartáveis, feitas de polipropileno. O líquido aspirado por elas não entra ou não deve entrar no corpo principal da micropipeta, sob risco de adulterá-la e descalibrá-la.

Para biologia molecular, são utilizadas pontas com um filtro de polipropileno para não haver uma contaminação da micropipeta. A micropipeta pode ser digital e electrónica. A maioria das micropipetas são monocanais mas também existem micropipetas multicanais 8 e 12 canais. A micropipeta mais precisa do mundo é uma pipeta que mede zeptolitros e foi inventada pelo Brookhaven National Laboratory.

Pipeta Graduada                                           Pipeta Volumétrica


Placa de Petri

 

Uma placa de Petri, ou caixa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro ou plástico que os biólogos utilizam para a cultura de micróbios. O nome foi dado a este instrumento de laboratório em honra do bacteriologista alemão Julius Richard Petri (1852-1921) que a inventou em 1877 quando trabalhava como assistente de Robert Koch. É constituído por duas partes: uma base e uma tampa.

Normalmente, para se usar em microbiologia, a placa é parcialmente cheia com um caldo líquido de ágar onde estão misturados alguns nutrientes, sais e aminoácidos, de acordo com as necessidades específicas do metabolismo do micróbio a estudar. Depois de o ágar solidificar, é aí colocada uma amostra contaminada pelo micróbio (alguns micróbios têm de ser colocados enquanto o ágar se encontra quente).

As placas de Petri modernas podem vir dotadas de anéis que seguram a tampa à base, quando empilhadas, de forma a evitar deslizamentos.

Além deste uso (placa de ágar), é frequente utilizar a placa de Petri para observar a germinação das plantas e de grãos de pólen ou para observar o comportamento de pequenos animais, entre outros usos.


Proveta

 

A proveta é um instrumento cilíndrico de medida para líquidos. Possui uma escala de volumes pouco rigorosa. Pode ser fabricada em vidro ou plástico, com volumes que normalmente variam entre 5 e 2000 mililitros. Para a medida de volumes mais precisos e exatos, é preferível o uso das pipetas.


Tubo de Ensaio

Tubo de ensaio é um recipiente usado para efetuar reações químicas de pequena escala com pequenas quantidades de reagentes de cada vez.

Pode ser aquecido diretamente na chama do bico de Bunsen.

 


Almofariz

 

O almofariz (também chamado gral ou morteiro) é um utensílio que serve para moer pequenas quantidades de produtos, por vezes misturando vários ingredientes. É usado na cozinha, em laboratórios de química e antigamente era peça essencial nas farmácias de manipulação, mas atualmente está perdendo proeminência devido aos instrumentos elétricos.

É uma tigela de paredes grossas e utiliza-se colocando dentro o material que é moído por uma outra peça chamada a “mão do almofariz”, com a forma de uma semi-esfera com um cabo e geralmente do mesmo material que o almofariz é feito, madeira, barro, pedra ou metal. Os equivalentes japoneses têm os nomes de suribachi e surikogi.

O almofariz é o equivalente, em tamanho pequeno, ao pilão ainda em uso na Ásia, África, América Central (em especial o México) e nos Estados Unidos (por influência de imigrantes) para moer especiarias ou ervas frescas para fins culinários; e a instrumentos cavados em pedras também de tamanho relativamente grande usados por muitos povos, geralmente para moer cereais. Os índios da América do norte cavavam estes almofarizes em rochas (fixas), geralmente utilizados por seguidas gerações, e onde ainda hoje se podem ver.

 


Cadinho

Um cadinho é um dispositivo de ferro, chumbo, platina, porcelana ou carbeto de silício, usado em análises gravimétricas e para fundir substâncias ou misturas. Um cadinho de carbeto de silício pode suportar altas temperaturas da ordem dos 2000 ºC, podendo fundir dentro dele até o aço e outros elementos com elevada temperatura de fusão.


Dessecador

 

Um dessecador é um recipiente fechado que contém um agente de secagem chamado dessecante. A tampa é engraxada (com graxa de silicone) para que feche de forma hermética. É utilizado para guardar substancias em ambientes com baixo teor de umidade.

O agente dessecante mais utilizado é a sílica, que deve estar na coloração azul (seca). Quando a sílica fica na coloração avermelhada, significa que já está saturada de água, impossibilitando que a mesma absorva a água do interior do dessecador. Como auxílio ao processo de secagem de substâncias, é comum o acoplamento de uma bomba de vácuo para reduzir a pressão no interior do dessecador, quando o mesmo apresenta uma válcula para esta finalidade na tampa. Após o vácuo desejado, a válvula é fechada e a bomba de vácuo desacoplada.

Seu uso mais comum se dá nas etapas de padronização de soluções, onde um sal de uma determinada substância é aquecido em estufa e posteriormente, posto para esfriar sob pressão reduzida no interior do dessecador. O resfriamento a pressão reduzida e no interior do dessecador impede a absorção de água pelo sal a substância enquanto sua temperatura se iguala à ambiente, para que seja posteriormente pesado.

 


Funil de Buchner

O funil de Büchner é um tipo de vidraria de laboratório, consistindo num funil feito de porcelana e com vários orifícios, como uma peneira. É usado junto com o Kitassato em filtrações a vácuo.